segunda-feira, 31 de maio de 2010

Skin Picker


Oi pessoal,

Como contei em outro post, estou fazendo um tratamento com um psicoterapeuta. Eu era relutante em fazer esse tipo de tratamento, ainda mais porque o meu psicoterapeuta é também psiquiatra. No fundo, no fundo, sempre achei que psiquiatra era coisa de louco. Percebi que não. O Dr. Rômulo tem me ajudado muito a ver certas coisas que eu simplesmente não notava. Na verdade, eu não estava olhando para dentro de mim!
Todos nós temos um sótão, um quartinho escuro dentro de nossa mente e é para lá que mandamos certas coisas que nos incomodam. O problema é quando o sótão fica cheio... e o meu ficou assim! E o Dr. Rômulo está me ajudando a abrir a porta deste quartinho e tirar as coisas de lá!
Confesso que comecei a pensar em procurar um psiquiatra depois que desenvolvi uma coceira louca pelo corpo, principalmente pelas pernas, braços e costas (nunca no rosto ou peito). Fui a alguns dermatologistas e alergologistas que não encontraram a causa, até uma delas me sugerir que isso poderia ser emocional.
Comecei a procurar pela internet (além de procurar o psiquiatra, é claro) e vi que algumas pessoas sofrem de sintomas parecidos com os meus. Alguns se coçam, outros têm mania de cutucar a pele, mas o princípio é sempre o de se mutilar, machucar sem perceber na hora.
Eu tenho me coçado muito ultimamente. Reparei que a situação piora quando fico mais tensa, preocupada ou estressada. Nessa última internação da minha mãe, a coceira dobrou!
Mas sabe o que é pior: na hora que sinto vontade de coçar, tento me controlar e não consigo. Quando coço sinto um alívio que chega até ser um prazer, mas depois... quando vejo as minhas unhas cheias de sangue e as marcas no meu corpo (que está horrível) vêm uma puta de uma culpa, uma sensação horrível. Às vezes acho que isso nunca terá solução e fico extremamente chateada.
Outra coisa que é horrível: sair de saia. Sempre tem alguém que não se aguenta e vem perguntar o que aconteceu comigo, se eu estou com catapora, se foi bicho que mordeu... isso só piora a minha culpa. Me acho incompetente por não conseguir parar de coçar!
Tenho dormido de luvas (é sério) para ver se o dano fica menor, mas hoje me peguei sem luvas, na maior coçação no meio da madrugada! Sério... eu preciso de algo para me ajudar.
O Dr. Rômulo me passou uma medicação para diminuir a ansiedade, mas ainda não ajudou na coceira. A psicoterapia tem sido boa e eu espero tirar do meu quartinho escuro tudo que me causa essa coceira!
E ainda vou a dermatologista nessa semana, para ver se ela me ajuda!!! Ai ai que coceira!

domingo, 30 de maio de 2010

Makeup - dicas do 2beauty

Olá Queridos!

Ontem tive uma festa/balada de aniversário para ir. Aproveitei a oportunidade para caprichar no makeup. Como eu sou meio tonta para essas coisas, recorri ao blog da Marina (www.2beauty.com.br). Nesse blog há várias dicas e um monte de tutoriais super didáticos para você arrasar!
Ontem eu segui o tutorial baseado na maquiagem da Claudia Leitte, que a Marina tinha acabado de postar. E não é que eu consegui! Investi até nuns cílios postiços. Acho que arrasei. Olha a foto:
Eu ainda não tenho muita experiência com o autorretrato!
A balada foi bem legal, só rock dos anos 50 e 60 e a Bárbara (minha prima postiça - aniversariante) estava lindona! O lugar se chama Clock e fica na Turiassú. O mais legal é que eles tem aulas de dança antes da balada começar, por volta das 21h. Assim você assiste a aula e depois arrasa na pista de dança! Até eu e o Alê dançamos - coisa rara: fizemos isso apenas no nosso casamento!
Voltando ao makeup eu preparei a pele com o prep-prime 50 FPS da MAC e o Studio Finish Podwer - MAC. As sombras foram da paleta da Catherine Hill e Vult, rímel da Avon e cílios postiços da Fingr's. Ah... usei o blush gingerly da MAC e uma mistura dos batons 2 do Duda Molinos e Smooth Mineral Quartzo Rosa da Avon.
Viram: até eu, que nunca tinha usado direito nem o batom, consegui me arrumar! Esse blog da Marina é tudo!
Beijos

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Um pouco sobre minha mãe - Bipolaridade


Olá Pessoal,

Hoje eu fiquei com vontade de falar um pouco sobre a minha mãe. Desde que nasci sei que ela tem transtorno afetivo bipolar - TAB. O TAB caracteriza-se por oscilações de humor, onde o paciente varia de forma cíclica entre estados depressivos e maníacos (que eu prefiro chamar de agitados). Quando tratada, a pessoa entra em equilíbrio e leva uma vida extremamente normal.  Desde pequena lembro-me dessas oscilações da minha mãe: tinha época que ela era muito animada, cheia de energia e otimismo e em outras ela ficava pessimista, chateada e sem ânimo. Contam-me que a primeira crise dela aconteceu quando ela engravidou de mim. Neste primeiro episódio ela ficou internada em um sanatório (que não existe mais graças a luta antimanicomial), em tratamento intensivo para sair do surto. Sempre penso que estar com ela naquele primeiro momento da minha vida pode ter causado algo em mim, não físico, pois nasci prematura e perfeita. Algo mais espiritual, sei lá...
Após isso, ela começou um tratamento ambulatorial e voltou ao seu equilíbrio, podendo assumir seu papel de mãe e esposa recém-casada. A medicação sempre a deixou sob controle, levando uma vida normal.
Durante muitos anos essas variações de humor sempre foram sutis, às vezes uma depressão um pouco mais forte. Lembro-me de um episódio, que na fase depressiva, ela não tinha vontade nem de tomar banho e nessa época eu já tinha a minha irmã, que ficava sob minha responsabilidade (ela é cinco anos mais nova do que eu). Para agravar o quadro, meu pai foi ausente fisicamente por alguns anos, pois foi trabalhar no Japão. Sempre falei pouco sobre isso, mas nesse período me senti extremamente sobrecarregada: eu fazia o papel de mãe da casa. Até hoje eu quero cuidar de toda a família!
Em 1999 a minha mãe teve outra crise e foi internada novamente. Desta vez tivemos a sorte de encontrar o Centro de Tratamento Bezerra de Menezes (CTBM), que cuida de pacientes com transtornos mentais e dependência química de uma forma muito mais humana que os antigos manicômios. Novamente foi uma fase difícil... é muito ruim ver o ser que te gerou e cuidou de você nesta situação: dopada, drogada, com o raciocínio lento...
Um dos problemas da minha mãe é que, apesar de fazer o tratamento necessário, quando ela se sente melhor, ela para de tomar a medicação! E pode até demorar, mas o surto vem!
Este ano ela surtou outra vez! Novamente ela foi internada no CTBM. Não sei porquê, mas esta foi a vez mais difícil para mim. Sofri muito em vê-la frágil e dopada. Acho que eu sinto culpa, por não ter cuidado dela direito, de não ter forçado a voltar ao psiquiatra quando parou os remédios, de não estar tão perto...
Nesta internação ela foi submetida a uma equipe multidisciplinar, composta pelo psiquiatra, psicóloga, nutricionista e terapeutas ocupacionais, além de uma equipe de enfermagem extremamente competente. Além disso, o CTBM implantou o Programa de Família, onde toda sexta-feira durante a internação um familiar, além de fazer a visita ao paciente tinha a possibilidade de uma reunião em grupo com o psiquiatra e o psicólogo responsável pelo tratamento.
Nessas reuniões tive contato com outros familiares, que passam pelo mesmo que eu e minha família. Também pude aprender com a equipe um pouco mais sobre a doença da minha mãe e também como agir com ela! Sabe, isso tudo me fez sentir menos sozinha no mundo, me confortou num momento tão complicado.
Minha mãe ficou internada por 30 dias e hoje ela está de alta, em casa, fazendo seu tratamento. O que eu mais quero é que ela encontre novamente o equilíbrio e volte a ser a minha mãe, porque eu ando cansada de ser mãe dela!
Esse blog, acho que já falei, também é um espaço para um desabafo, uma forma de refletir sobre os acontecimentos enquanto escrevo. Percebo que amo demais a minha família e a minha mãe, mas preciso consertar algumas coisas em nosso relacionamento. Assumo que tenho mágoa por algumas coisas. Assumo também que ainda tenho vergonha do problema dela (muita gente acha que ela é louca,não tem noção que a doença mental não se resume na loucura ), e mais: assumo que tenho medo de ficar igual a ela, de perder o controle sobre a minha mente (o Dr. Rômulo  diz que o bipolar em crise vira uma espécie de mula sem cabeça, não consegue lidar com os sentimentos).
A pouco tempo comecei um tratamento psicológico, pois percebi que preciso cuidar de mim e a aprender a lidar com um monte de coisas que tenho guardadas no porão escuro da minha mente. Espero que dê certo!
Só poderei ajudar a minha mãe se eu estiver bem, caso contrário ficaremos as duas, "loucas".

PS: Quero muito, mas muito mesmo agradecer ao meu querido esposo, o Alê, por todo suporte durante esses mais de trinta dias. Pelo amor, carinho, compreensão e amizade, desde sempre!

domingo, 23 de maio de 2010

Medo de Dirigir

medodedirigir Dirigir   Mande embora o Medo

Eu tirei  a minha carteira de motorista em 2002, ou seja, há um bom tempo! Assim que o documento chegou, decidi sair com o carro do meu pai, dei uma voltinha no  bairro e na hora de guardar o carro na garagem: tcharam! Bati o carro! Fiquei muito estressada com isso, a porta do lado do passageiro ficou muita amassada, além do retrovisor que foi desta para melhor. O meu pai não se incomodou com a batida, mas eu... chorei por dias, não podia olhar para o carro amassado que ficava trêmula! Desde aí eu desenvolvi um super medo de dirigir. Só de sentar no banco do motorista eu sentia calafrios, suor intenso e dor de estômago. Naquela época eu decidi que não iria tentar dirigir de novo.
Meu namorado (agora marido) sempre me incentivou a tentar novamente, deixava eu dar umas voltinhas no carro dele, sempre dentro do campus da USP. Mesmo assim eu não conseguia me livrar daquela sensação ruim: o carro me assustava. Me sentia inútil, pois, todo mundo dirigia, por que só eu não conseguia??? Passei a sempre sonhar que estava dirigindo e algo acontecia: esquecia de pisar no freio, a embreagem não funcionava, o carro "morria".
Casei-me em 2008 e fiz um trato com o Alê (meu lindinho esposo): ele iria me ensinar a dirigir, nas palavras dele "dirigir você já sabe, só precisa perder o medo". Nesta época eu cursava pós-graduação na USP aos sábados e após as aulas ele me deixava dar voltas pelo campus, me ensinando pacientemente cada detalhe do carro, de como conduzi-lo, etc. Comecei a me sentir um pouco melhor, me acostumar com o meu mostro interno, mas sempre que chegávamos ao portão de saída, eu "brochava".
Percebi, sábado após sábado, que dirigir é uma questão de acostumar-se, de criar uma rotina, de mecanizar gestos e de atenção. Aceitei o desafio e num fatídico sábado eu atravessei o portão! E consegui sair da USP de carro!
Após muito treino, na USP e depois no meu bairro, em caminhos rotineiros eu consigo sentar ao volante e não tremer! Este ano, pela primeira vez saí sozinha de carro: deixei o Alê na estação de metrô e depois fui ao mercado e voltei para casa. E nada aconteceu. O monstro que criei na minha mente começou a enfraquecer! Naquele dia eu senti uma liberdade tremenda, um poder, uma independência... foi maravilhoso!
Hoje eu superei mais um obstáculo: fui da minha casa até o shopping eldorado dirigindo (com o Alê ao lado, claro). Passei por avenidas movimentadas, trânsito andando lento, subidas... e tudo deu certo! Passamos pela USP para um treino de manobras (preciso melhorar muito) e depois consegui ir até a casa da minha mãe dirigindo (com direito a passar pela imigrantes!).
Hoje eu estou muito orgulhosa de mim mesma. Acho que matei o monstro do medo de dirigir. Só preciso praticar agora!
Espero que este post ajude pessoas que tem o mesmo problema que eu tive. E digo mais: nunca desistam, tenham paciência consigo mesmas e procurem alguém paciente para ajudar!
Boa sorte e se cruzarem comigo pelo trânsito, tenham paciência também, pois estou aprendendo! :)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quarta-Feira Santástica

Olá pessoal!

Quarta-Feira SANTÁSTICA! Primeiro porque o meu querido Santos se classificou para a final da Copa do Brasil (inédito!) num jogo muito digno contra o Grêmio. Confesso que no primeiro tempo achei que o Grêmio levaria a vaga, mas após o intervalo... foi um show dos meninos da Vila. O Grêmio foi um adversário difícil e guerreiro e isso deixou o jogo melhor ainda. Quero ainda destacar a grande atuação do Wesley, que fez um belíssimo gol no finalzinho no jogo!
Quarta-Feira SANTÁSTICA também porque me encontrei com a minha linda amiga Alessandra. Tivemos um agradável jantar no Wrap's, coroado com um cafezinho na Havanna (comprei um pote de doce de leite deles... ai que pecado). Para terminar, passamos na loja da M.A.C. e cometi outro pecado: comprei um Fluidline e um delineador para os lábios! Deixei um bom dinheirinho no Shopping!!! Ai meu Deus!
Também teve o aniversário da Alexandra, minha lindinha amiga aqui da EEUSP. Teve bolo de cenoura, presentinhos e chororô!
Ah... o maquiador da M.A.C. me ensinou uns truques com o delineador de lábios, que depois eu conto por aqui!
Mamãe está melhor e estou muito orgulhosa dela, que tem se esforçado para ficar bem! E muito orgulho da minha irmanita, que já está andando por aí motorizada (pontinha de inveja!!! aiaiaiai)
Amanhã terei um evento aqui na EEUSP - dia de vir trabalhar chiquérrima e me jogar na maquiagem!

Beijos a todos!!!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Primeira Vez...

Olá pessoal!
Esta é a minha primeira vez num blog! Que emocionamente: a primeira vez a gente nunca esquece! (mesmo querendo esquecer em alguns casos!!!)
Criei este blog para falar sobre um pouco de tudo que gosto e também sobre minha vida: alegrias, desabafos e tudo o mais que couber por aqui!
Bem, vou me apresentar: sou formada em letras, trabalho na área de eventos científicos ( principalmente na área de enfermagem) e recém-casada (pois é... já achei o meu príncipe, queridos!). Me descobri numa fase maníaca por maquiagem e ando adorando o assunto (comecei a colecionar pincéis, sombras, batons, etc... o meu marido nem imagina o quanto ando gastando com isso hihii).
Adoro literatura e poesia. Meus livros preferidos são Estrela da Vida Inteira - Manuel Bandeira e 1984 - George Orwell - em um outro momento podemos falar mais sobre isso!
Um pouco mais de mim, com palavras emprestadas do Mestre Alberto Caeiro e seu discípulo, Álvaro de Campos:

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
Do que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.

Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés -
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma...
(Alberto Caeiro)

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Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(Álvaro de Campos)