quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ainda naquela história de satisfação

Oi gente!

Fui a terapia semana passada e ainda estamos discutindo a questão de satisfação. Sinto que a minha ainda está ligada a um consumismo, ou seja, tento me satisfazer através do que posso comprar. Não sou irresponsável ao ponto de gastar mais do que ganho, mas tenho exagerado nas comprinhas... e detectei que depois que me satisfaço, sinto culpa. O Dr. Rômulo disse que preciso refletir mais sobre isso... não preciso sentir culpa por ter comprado uma camiseta. Mas sinto. É um ciclo: vejo algo que me interessa, avalio o valor, se for interessante compro. Fico feliz! Quero usar o que comprei. Depois sinto culpa.
Tenho isso com outras coisas: hoje eu perdi a hora (eu cochilo a tarde, sério) e não fui à aula de inglês. Como estava em casa, fiquei assistindo o jogo entre México e França e fiquei muito satisfeita. Agora, bateu uma baita culpa por ter faltado. Eu nunca falto, sempre estou lá, então a de hoje é perdoável, não?!
Acho que sempre fico pensando no que os outros vão pensar de mim. Inconscientemente me preocupo com a opinião alheia, com o julgo dos outros, por isso não me permito.
Outra coisa que detectei é que coloco a satisfação dos outros na frente da minha. Sempre quero ver os outros satisfeitos, mesmo que seja ao custo do meu bem estar. Sempre resolvo os problemas da minha família, quero que eles fiquem bem, sem preocupações. E eu? Quem se preocupa comigo?
O Dr. Rômulo me disse que essa culpa que sinto é relacionada ao fato de eu ligar o ato de me satisfazer com inconsequência. Na minha cabecinha oca, me satisfazer é um ato inconsequente, irresponsável. Preciso resolver isso.
Um exemplo: sempre tive vontade de ter aquele brinquedo chamado super massa, sabe? Comprei um para a minha sobrinha, mas não me permiti comprar um pra mim e brincar simplesmente... acho que teria vergonha de brincar com ele, já que sou adulta. Mas, porque não me permitir um pouquinho?!?
Então acho que satisfação para mim está ligada a ser mais liberal comigo mesma. Não estou falando na questão do consumismo, mas sim nos atos. Me permitir dizer não em algumas situações, por exemplo.
A terapia tem sido boa, pois é um momento de olhar para dentro de mim. Como disse antes, escrever aqui também... é o meu momento de reflexão.
Quero aproveitar e agradecer aos amigos que leem e comentam. Os comentários me ajudam neste processo.
Obrigada!!!
Beijos e até o próximo encontro "cabeça".
PS1: Vinícius - saudades de ti. Amigos são fonte de satisfação!!
PS2: Não tenho falado muito da minha mãe. Ela está bem, se recuperando a cada dia. Semana passada já estava badalando pela Fashion Week com seu grande amigo Edson. Acho isso muito bom. Os amigos dela estão dando a maior força: para ela e indiretamente para mim.

2 comentários:

  1. ao ler fiquei pensando em o que me satisfaz também, ter um monte de certificado para pendurar? falar que eu passei em universidades públicas? que já viajei várias vezes ao exterior? sinto tb culpa em me satisfazer... em permitir relaxar de vez em quando...

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  2. Querida Andrea,
    Esse negócio de satisfação é foda... a terapia está me ajudando a achar coisas que me satisfaçam e tentar resolver esse problema da culpa e relaxar um pouco... mas acho importante a gente se perceber, dar mais atenção a si mesma.
    Saudades! Beijos

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